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terça-feira, 14 de junho de 2011

Islã: Arte e Civilização

Depois de uma longa ausência, volto a postar. No final de maio tive a oportunidade de ir a exposição Islã: arte e civilização, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ela irá até o dia 03 de julho e a entrada é
franca.
A civilização árabe-islâmica foi de grande relevância para a arte, a ciência, a cultura universal. Ela é fruto do encontro de vários povos e cultura e herdamos, via Portugal e outros caminhos, elementos dessa civilização.
A mostra que se encontra no CCBB reúne obras de diversos países de cultura islâmica provenientes dos principais museus da Síria e do Irã, além dos acervos da Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e Casa das Áfricas. Se encontra presente na exposição mais de um milênio da história islâmica.
Caros amigos, não deixem de prestigiar o evento aqui destacado.

domingo, 22 de maio de 2011

Livro sobre Salazar

     Estou lendo um livro bastante interessante, a biografia de um importante líder português do século XX, Antonio de Oliveira Salazar, ou simplesmente Salazar. A obra, recentemente publicada no Brasil (2011), pela Editora Leya, é do historiador português Filipe Ribeiro de Meneses, que doutorou-se no Trinity College Dublin e que atualmente leciona no Departamento de História da National University of Ireland.
     O livro é intitulado: "Salazar: biografia definitiva". Logicamente que não há nada no campo histórico que podemos chamar de definitivo, assim sendo, o subtítulo é mais uma forma promocional, para vender a excelente obra, do que uma possibilidade histórica.
     Por vezes pensamos em Salazar como um adepto dos regimes de extrema-direita que vigoraram na Europa nas primeiras décadas do século XX (fascismo e nazismo). Obviamente que o estado por ele construído guarda certas semelhanças, mas seu regime não pode ser reduzido a dupla acima mencionada. É sim um regime personalista e autoritário, que em muitos aspectos nos lembra o período varguista no Brasil, porém a complexidade política enfrentada por Portugal não permite simplificações e isso fica muito claro na obra, sobretudo quando trata do período da II Guerra Mundial.
     Mais uma vez fica clara as relação anglo-lusitanas e o próprio temor de Salazar de uma vitória da Alemanha e os riscos que isso implicaria para o próprio estado português.
     O autor ressalta as atitudes de Salazar e consequentemente do Estado Português de não se alinhar diretamente com um dos lados em combate: aliados ou nazi-fascistas. Apesar do autor não afirmar o que colocarei agora, mas me parece algo similar ao período napoleônico, quando D. João VI procurou retardar ao máximo uma posição mais clara de apoio à Inglaterra ou França. No caso ora analisado, Salazar procurou, de todas as formas, manter a neutralidade portuguesa evitando assim que o país fosse invadido ou bombardeado pelas potências que se enfrentavam. Outro aspecto interessante e que o governo português aventou a possibilidade de se deslocar para uma de suas colônias caso a integridade territorial portuguesa estivesse efetivamente ameaçada.
     Também fica notória a pobreza e as dificuldades econômicas que assolavam Portugal no século XX. Outro ponto de grande importância é a questão da descolonização pós II Guerra Mundial e a forma com que Salazar se posicionou, no mínimo ganhando tempo para que o processo de independência estourasse nas colônias lusitanas na África e na Ásia.
     Apesar de nossas ligações com Portugal, sua história, em especial durante o século XX, não são muito estudadas em nosso país e a biografia ora em tela ajuda a suprir de alguma forma essa lacuna em nossos conhecimentos.
     O livro é bastante interessante, a leitura é agradável e estimulante, sem deixar de lado a densidade que envolve o assunto. Além disso, percebe-se claramente o trabalho de pesquisa bastante acurado desenvolvido pelo autor, o seu cuidado com o trato das fontes, a rica documentação pesquisada, em suma, um excelente exemplo para qualquer um que queira enveredar pelos caminhos da biografia.

Referência Bibliográfica - MENESES, Filipe Ribeiro de. Salazar: biografia definitiva. São Paulo: Leya, 2011.

sábado, 21 de maio de 2011

Vamos Iniciar

Meu nome é Luiz Henrique Borges, economista e historiador, mestre em História, formado em ambos os cursos pela Universidade de Brasília, local onde também realizei o Mestrado na Área de Concentração de História Cultural. Defendi a dissertação intitulada "Do Complexo de Vira-Latas ao Homem Genial", onde procurei analisar a construção identitária brasileira como o país do futebol tendo como fontes as crônicas esportivas de Nelson Rodrigues, João Saldanha e Armando Nogueira. Além do interesse acadêmico sou apaixonado pelo esporte bretão que tão bem foi assimilado em terras tupiniquins.
Tenho vários textos publicados na área e que servem de consulta para outros estudiosos e pretendo dar continuídade nos estudos com um tema também vinculado ao futebol.
Profissionalmente sou historiador concursado do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), onde atualmente ocupo o cargo de Coordenador de Planejamento e Projetos (o que atesta o meu lado economista). Também dou aulas na Universidade Estadual de Goiás e na Faculdade Cambury, ambas no campus de Formosa.
Espero que esse seja um espaço de discussões acadêmicas ou não. Participem, troquem ideias, opiniões, sugestões, etc.